PEC - PORTABILIDADE ELETRÔNICA DE CRÉDITO
Mobilidade e ausência de tarifas, aliadas à desburocratização, favorecerão ao Correntista (Você!)
O Jornal Valor Econômico de 26/06/2013, Caderno de Finanças, noticiou que os Bancos preparam a Portabilidade Eletrônica de Crédito. Para os leigos no assunto, trata-se da possibilidade de migração das dívidas que o correntista tem com um banco para outro que ofereça taxas e condições mais vantajosas para o cliente.
Atualmente já é possível fazer a Portabilidade, entretanto são tantos os passos para se chegar ao "outro lado da rua" que grande parte dos clientes desistem antes de conseguirem finalizar o processo. As dificuldades por conta da burocracia criada pelos bancos tem justamente esse objetivo. Em Agosto do ano passado, por exemplo, o Procon de Minas Gerais conseguiu suspender temporariamente dez bancos de fazerem novas operações de crédito no Estado, depois de denúncias que as instituições estariam dificultando o acesso a documentos necessários à portabilidade. A FEBRABAN, Federação Brasileira de Bancos, confirma o andamento do projeto.
E você pode ficar tranquilo, não haverá tarifas. Os bancos estão proibidos de cobrá-las na Portabilidade.
Mas, o que isso muda para nós, Correntistas?
Tudo. Com o novo modelo de Portabilidade Eletrônica de Crédito, não será necessário preenchimento de papelada ou coleta de documentos. Basta que o correntista procure o banco com taxas menores e solicite a portabilidade. O banco procurado então entrará em contato com o banco de origem do crédito, e informará que a mudança será feita. Nesse ponto, o banco de origem do crédito terá 5 dias para "convencer" o cliente a desistir da portabilidade, do contrário em 5 dias a mudança dar-se-á automaticamente.
Essa medida proporcionará ao menos dois benefícios ao clientes dos bancos:
1. A garantia de que não ficará "amarrado" a um banco que cobre taxas acima da prática de mercado;
2. A livre concorrência entre bancos, que tende a baixar as taxas EXORBITANTES E ABUSIVAS cobradas atualmente devido ao monopólio/cartel.
Agora, vamos pensar um pouco: Qual o interesse dos bancos em tornar mais fácil algo que poderá levá-los a perda de clientes e de recebíveis? Por que cargas d'água serrariam o galho em que estão sentados?
Só o tempo dirá!